O deputado federal Pedro Westphalen participou na tarde desta terça-feira (23) de uma audiência pública para debater a atualização e modernização da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi organizado pela Comissão de Seguridade Social e Família ocorreu no plenário 7 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Médico e vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde, Westphalen sempre lutou pela saúde. De acordo com o deputado, seu olhar está fixo para todos os setores ligados a essa área na Câmara dos Deputados. “Atualizar a tabela SUS é uma das minhas prioridades. Precisamos fazer essa interlocução em propostas do setor para melhorar a remuneração da tabela SUS: como novos modelos de pagamento baseados em valor que possam privilegiar aqueles que entregam os melhores resultados e foco no paciente”, explica Westphalen.
A falta de atualização da tabela de remuneração do SUS vem criando uma grande dificuldade financeira para hospitais públicos, filantrópicos e instituições de saúde em geral, que atendem os pacientes da saúde pública. Problema que se reflete também junto aos profissionais médicos, enfermeiros e todos que são remunerados por essa tabela.
Os preços descritos na tabela não acompanharam o ritmo da inflação e os avanços tecnológicos, muito menos os gastos com os pacientes atendidos. Atualmente, existem procedimentos da tabela SUS que estão sem reajuste há duas décadas. “Para conseguir atender os pacientes e modernizar o atendimento, as instituições recorrem a empréstimos, resultando em um grande endividamento na maioria dos estabelecimentos. Entretanto, a atitude de recorrer a bancos é ilusória, pois os custos aumentam paralelamente aos pagamentos das dívidas ao longo dos anos. Na ponta da cadeia, quem mais sofre são os pacientes”, lamenta o parlamentar.
Segundo Westphalen, um hospital sem condições financeiras para pagar funcionários, investir em novos tratamentos, criar novas alas ou manter uma equipe especializada não conseguirá investir em serviço de qualidade, nem modernizar suas instalações ou comprar melhores equipamentos. “Essa falta de valorização gera mais filas e um atendimento que não sacia a crescente demanda. Sem falar na motivação dos profissionais, fator primordial para atingirmos melhores resultados assistenciais”, conclui o deputado.