A pandemia ainda não acabou. A chegada de uma nova variante, a Ômicron, só reforça ainda mais a necessidade e a importância da imunização contra a Covid-19. Dados apontam que 65% da população brasileira está com o esquema vacinal completo e que 75% já recebeu a primeira dose. São números que podem ser celebrados, mas ainda inspiram cautela. Na Câmara, fui relator da aprovada MP 1.026/2021 (MP da Vacina), que permitiu a compra de mais imunizantes como a Pfizer e Janssen, e possibilitou a agilidade no processo.
Em 10 de março deste ano, antes da aprovação da medida, apenas 4,2% da população havia recebido uma dose e 1,5% estava com a imunização completa. A compra de vacinas iniciou de uma forma vagarosa e, com a aprovação dessa MP, ampliou-se o leque de possibilidades. Um fato histórico do qual fiz parte e que mudou o ritmo da proteção coletiva.
Providências como essas, pelas quais lutei muito para acontecer lá atrás, hoje se mostram essenciais. Temos mais vacinas!
Ainda é preciso ampliar o número de imunizados completos para que o Brasil não corra o risco de entrar em uma nova onda. O Ministério da Saúde já assinou contrato com a Pfizer, recentemente, para a aquisição de mais de 100 milhões de doses para 2022. A garantia de novas doses é uma segurança para que consigamos manter a campanha de vacinação contra o coronavírus no país e, assim, permanecer com baixos índices de contaminação e internação em nossos hospitais. A presidente da Pfizer no Brasil também já deixou explícito que, se for preciso, entregará vacinas adaptadas à Ômicron. É a ciência trabalhando incessantemente para contribuir com as ações de combate à pandemia.
O Brasil é o país da América Latina com menor rejeição à vacina, segundo relatório do Banco Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Como médico, sei que a vacinação é, sem dúvida, a forma mais eficaz de combater esse vírus e ajudar a salvar vidas. Não podemos deixar que o desconhecimento e as fake news impeçam
a população brasileira de buscar a imunização.
Precisamos voltar a ter segurança sobre a saúde coletiva e o retorno das nossas atividades — com a retomada da vida e da economia. Já perdemos milhares de brasileiros e de sonhos ao longo desses quase dois anos e não podemos permitir que isso aconteça ainda mais. E só há um personagem capaz de fazer com que a curva do cuidado avance: você. Por isso, vacine-se e incentive quem está ao seu lado. É por você e pelo bem coletivo. Por nós e pelo futuro.